Na luta contra o racismo, Bahia lança mascote negra: Lindona da Bahêa
O Bahia lançou, nesta sexta-feira, a versão feminina do seu mascote. O clube, que é representado pelo Super Homem, agora tem uma mascote mulher e negra. Apelidada de Lindona da Bahêa, a personagem é a Mulher Maravilha, parceira do Super-homem. O responsável por dar vida à personagem foi o artista Nei Costa. No texto de apresentação da mascote, o Bahia destaca o orgulho de ser um clube de Salvador, cidade com mais negros fora da África.
De acordo com Priscila Andrade Ulbrich, gerente de marketing do clube, o lançamento da personagem pega carona na luta contra o racismo, a partir do lamentável episódio ocorrido nesta quinta-feira, em Porto Alegre, na Arena do Grêmio, quando o goleiro Aranha foi vítima de injúria racial.
- A mascote já estava pronta, mas esperávamos um momento oportuno para lançar. Achamos que esse era o momento. Assim como temos outras coisas, mas precisamos saber qual melhor momento para ter um retorno mais rápido. Apesar de ser um fato triste, acreditamos que ações como essas podem contribuir de alguma forma – disse ao GloboEsporte.com.
Para Ulbrich, o fato de o Bahia ser o próximo adversário do Grêmio não dá ao lançamento da mascote um significado diferente.
- Acho que não tem um significado maior, porque é uma questão da sociedade. Não é algo contra um clube ou relacionado a um jogo. É um assunto mais amplo que precisa ser extirpado da sociedade. Inclusive, a maioria dos torcedores do Grêmio comprou a briga contra o racismo. É uma luta da sociedade e não contra uma agremiação ou outra.
De acordo com a gerente de marketing do Bahia, a nova mascote tricolor também deve ser presença constante na Fonte Nova, ao lado do Super Homem, que anima a torcida antes e durante os jogos do Bahia. Segundo Ulbrich, a fantasia da personagem está em fase de fabricação.
Autor: ,postado em 31/08/2014
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