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Bahia e Arena chegam a acordo, e Tricolor volta a jogar na Fonte Nova


Bahia e Arena chegam a acordo, e Tricolor volta a jogar na Fonte Nova

O Bahia vai continuar jogando na Fonte Nova. Após anunciar retorno a Pituaçu por não ter chegado a um acordo com o consórcio que administra a Arena, o presidente do clube, Marcelo Sant’Ana, anunciou na manhã desta quinta-feira, em entrevista coletiva, que, após rodadas de negociações, chegou a um consenso para mandar partidas no estádio.  

- O Esporte Clube Bahia e o Governo do Estado confirmam a renovação de contrato entre clube e consórcio pelos próximos três anos. No novo modelo de contrato, haverá decisões compartilhadas entre clube e consórcio sobre preço de ingressos, operação de bilheteria e acesso ao estádio em dias de jogos com mando de campo do Esporte Clube Bahia. Esta operação busca melhorar a qualidade do serviço oferecido aos torcedores, e progressivamente transformar a Arena Fonte Nova na casa do Esquadrão. Um local onde somos respeitados, tratados com dignidade, e também ganhamos títulos – afirmou Sant’Ana.   

Fonte Nova (Foto: Thiago Pereira)Fonte Nova continuará sendo a casa do Bahia (Foto: Thiago Pereira)

 

O acordo foi alcançado graças à intermediação do Governo do Estado, que promoveu uma nova reunião entre as partes na última quarta, que durou cerca de oito horas. Depois que o Bahia se posicionou, na segunda-feira, e a Arena se disse surpresa com a decisão do clube, o governador Rui Costa determinou que seu chefe de gabinete, Cícero Monteiro, se encarregasse de intermediar a negociação “na busca por um entendimento, de modo que o torcedor baiano não fosse prejudicado”.  

Na manhã desta quinta, Marcelo Sant’Ana revelou que, com a nova parceria firmada com a Arena, o Bahia e seus sócios terão mais benefícios. O presidente do clube elencou alguns dos pontos conquistados pelo clube na negociação.  

- Graças a essa integração, nós teremos na Fonte Nova a nossa loja oficial, nosso memorial, uma sede administrativa, uma central de atendimento ao sócio, e também os nossos vestiários e banco de reservas serão fixos a partir de agora, independente do adversário. Na Fonte Nova, o Esporte Clube Bahia se tornou grande e, através dela, nós seremos ainda maiores - disse.  

 Além da garantia mínima de R$ 6 milhões, o Bahia terá participação em receitas diretamente relacionadas aos jogos. Como a própria bilheteria, mas também camarotes, longe e serviço de catering, que inclui alimentos e bebidas. O percentual repassado ao clube pelos naming rights também será acrescido". 
Marcelo Sant'Ana

Sant’Ana destacou que o Tricolor terá maior lucro a partir do novo acordo, e a renda vai variar de acordo com o público que marcar presença nas partidas do Bahia: quanto mais torcedores presentes, maior será o repasse para o clube. Outra novidade será a sincronização entre bancos de dados do clube e do estádio, para que os sócios tenham mais tranquilidade para entrar na Arena nos dias de jogos.  

- Os bancos de dados do Bahia e da Arena também serão sincronizados, facilitando futuramente a oferta de benefícios aos sócios e agilizar a entrada deles no estádio. Outra novidade é que, além da garantia mínima de R$ 6 milhões, o Bahia terá participação em receitas diretamente relacionadas aos jogos. Como a própria bilheteria, mas também camarotes, longe e serviço de catering, que inclui alimentos e bebidas. O percentual repassado ao clube pelos naming rights também será acrescido. Para vocês terem um parâmetro, caso a média de público anual seja de 15 mil torcedores, o Bahia terá a contrapartida anual no valor de R$ 12,3 milhões, que dá cerca de 20%, sendo valor superior ao contrato anterior. Não existe um teto máximo nessa nova relação contratual. Quanto maior o público na Fonte Nova, maior será a receita destinada ao Esporte Clube Bahia. As receitas de estádio, sem considerar o potencial de crescimento do sócio torcedor, que sai fortalecido após o acordo, já se estabelecem como segunda maior fonte de receita do clube - avaliou.  

- A diretoria executiva, dessa maneira, agradece à Fonte Nova pela parceria estabelecida nos dois anos anteriores e pelos próximos três anos. E ao Governo do Estado pela serena mediação desse acordo para chegarmos ao entendimento, que termina sendo benéfico a todos. Tanto clube como Arena como Governo, como a torcida do Bahia, que é contribuinte do estado - completou. 

alexandre faria bahia marcelo santana (Foto: Jayme Brandão/ Divulgação/ EC Bahia)Sant'Ana explica mudanças no acordo firmado com a Fonte Nova (Foto: Jayme Brandão/ Divulgação/ EC Bahia)

 

Lessa admite falhas e diz: "presidente briga por vocês"

O presidente da Fonte Nova Negócios e Participações, Marcos Lessa, também comemorou o acordo obtido nas negociações. Ele destacou a integração que passará a ocorrer na gestão dos serviços da Arena e avaliou que o conhecimento que o clube tem de sua torcida vai ajudar a sanar problemas apresentados no estádio em dias de jogos, como a demora de atendimento nas bilheterias.  

- Ficamos felizes por parte da Fonte Nova, porque acho que esse modelo que criamos depois da reunião é o modelo que deveríamos ter iniciado. Quando a gente participa do todo, da gestão, discute a gestão. O modelo anterior tinha uma relação comercial fria. A partir de agora, diria que vamos ter, não só a relação comercial, mas vamos estar participando no dia a dia da decisão que toca diretamente no torcedor, que é a principal parte desse negócio. A gente tem que tratar bem o torcedor. Nós, o tempo todo, buscamos fazer isso da melhor forma possível. Mas com certeza, com o expertise e entendimento que o Esporte Clube Bahia tem e como conhece bem o torcedor, vai nos ajudar muito a fazer isso da melhor maneira. Estamos muito felizes, acreditamos que teremos os próximos três anos, em todo seu mandato, uma ótima parceria. Que venham os grandes jogos, o próximo jogo do Bahia com casa cheia. Estaremos juntos trazendo o torcedor para perto, resultado para o torcedor - afirmou.  

Lessa admitiu que a Arena tem pecado nos serviços prestados e garantiu que não se trata de falta de respeito ao torcedor. Segundo o presidente do consórcio, houve uma tentativa de mudança do hábito de consumo, que não funcionou.   

Assumimos que não estamos prestando serviço com excelência, mas respeitamos muito o torcedor. 
Marcos Lessa

- A gente tem sempre buscado a melhoria, tem feito investimentos, ampliamos a estrutura das bilheterias, buscamos tecnologia, e achamos que, com o tempo, o torcedor iria mudar o comportamento e comprar com mais antecedência. Infelizmente, não conseguimos mudar o comportamento. A gente busca a qualidade do serviço, vamos que mudar a maneira de vender, o torcedor quer comprar ingresso quando chega na Arena. No último jogo, tivemos mais de 20 mil torcedores. Desses, apenas 10 mil compraram antecipadamente. Nas horas que antecedem o jogo, vendemos 10 mil ingressos. Se isso seguindo o modelo, respeitando a legislação vigente, a meia-entrada, conferindo documentos... Isso gera demora no atendimento. Assumimos que não estamos prestando serviço com excelência, mas respeitamos muito o torcedor. Precisamos melhorar, mas respeitamos muito o torcedor - assegurou.  

Ao falar sobre as negociações, o presidente da Arena Fonte Nova mandou um recado à torcida do Bahia:  

- Queria dizer que esse presidente briga por vocês. Foi até o último momento. Tivemos uma negociação muito dura, mas muito respeitosa. Foram mais de sete, oito horas de reunião. Finalizamos perto de meia-noite. Mas, com as partes cedendo e buscando o entendimento, o presidente estava sempre na busca do que seria melhor para o torcedor.

entenda o caso

Marcelo Santana, presidente do Bahia (Foto: Divulgação/EC Bahia)"Quem dá vida ao estádio é a torcida do Bahia", disse Sant'Ana (Foto: Divulgação/EC Bahia)

O presidente do Bahia, Marcelo Sant'Ana, fez um pronunciamento oficial na última segunda-feira para informar que o clube deixaria de mandar seus jogos na Arena e teria como casa, a partir de então, o estádio de Pituaçu. O contrato com o consórcio, assinado em novembro de 2012, tem previsão de encerramento no dia 7 de abril. Como o Tricolor não tem mais nenhum jogo em casa até lá, a despedida do estádio teria sido no último sábado, quando venceu o Campinense por 1 a 0, pela Copa do Nordeste. 

- O Bahia comunica que, a partir de agora, seu mando de campo oficial volta a ser Pituaçu, estádio público utilizado por clubes da capital e do interior. O Bahia continua disposto a negociar para jogar na Fonte Nova, desde que o consórcio valorize e respeite a torcida tricolor. Quem dá vida ao estádio é a torcida do Bahia - disse Marcelo Sant'Ana, na ocasião.

No entanto, apesar do anúncio feito pelo presidente do Bahia, uma questão legal pode impedir que o Tricolor retorne a Pituaçu. Uma cláusula do Contrato de Parceria Público Privada (PPP) firmado entre o Governo da Bahia e a Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), que é válido por 35 anos, diz que o estádio público não poderia ser utilizado pelas duas principais equipes do estado - Bahia e Vitória - sem uma justificativa de indisponibilidade da própria Arena.

Autor: ,postado em 03/04/2015


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