Goleiro onipresente, zagueiro fair play e rodízio de cartões: o Vitória em 2015
Na frieza matemática, a má fase não é um elemento ponderável. Gols perdem a carga emotiva e se transformam meramente em números e estatísticas. O aproveitamento dos jogadores é ilustrado por minutos em campo. Números, equações e gráficos que servem para explicar o Vitória que se aproxima do meio da temporada 2015.
As planilhas rubro-negras mostram dois atletas com o dom da quase onipresença. Fernando Miguel e Ednei são os jogadores com maior tempo de jogo no clube em 2015. O goleiro iniciou o ano como reserva, ganhou a vaga após as lesões de Gustavo e Roberto Fernádez e se tornou o dono absoluto da camisa 1. Remanescente da campanha que terminou com o rebaixamento para a Série B, Ednei aproveitou a titularidade e se firmou como referência no setor defensivo. Nesta temporada, os dois atuaram em 20 partidas sem serem substituídos em nenhuma delas. Ficaram fora apenas do jogo contra o Confiança, pela Copa do Nordeste, quando Carlos Amadeu, então técnico interino, decidiu poupar titulares. Cada um tem aproximadamente 1800 minutos jogados em 2015.
A lista de atletas do Vitória com maior tempo de jogo nesta temporada tem também como destaque o volante Amaral. O meio-campista é outro que jogou 20 partidas, mas, diferentemente de Fernando Miguel e Ednei, foi substituído em três ocasiões - contra Galícia, Bahia e Colo Colo. Ele possui cerca de 1740 minutos em campo.
Mesmo reserva, o lateral-esquerdo Euller está entre os jogadores do Vitória mais aproveitados no elenco rubro-negro até aqui. Ele acumula aproximadamente 1000 minutos de jogo, mais tempo em campo do que Mansur, que foi titular no último sábado, na derrota para o Sampaio Corrêa, no Barradão, na estreia da Série B. Euller participou de 17 partidas neste ano, seis delas como reserva. Das 11 vezes em que foi titular, acabou substituído em três.
Os números se multiplicam, e somam centenas e dezenas com facilidade. No entanto, há também espaço para a unidade. O meia Leilson, que passou um grande período do ano no departamento médico, foi o atleta rubro-negro com menor tempo de jogo em 2015. Entrou no fim da partida contra o Confiança e atuou por cerca de três minutos na estreia da Copa do Nordeste.
Vander e Jorge Wagner foram os atletas mais substituídos no Vitória em 2015. Os dois deixaram o campo com a bola ainda rolando em sete oportunidades. Neto Baiano foi substituído seis vezes na temporada. Já o reserva com mais chances foi o centroavante Elton, que substituiu um companheiro de time sete vezes.
No total, o Vitória disputou 21 jogos na temporada. Foram, 11 triunfos, sete empates e três derrotas, aproveitamento de 63,49%, com 28 gols marcados (média pouco superior a um por jogo) e 17 sofridos. O clube passou por uma troca de técnicos: Ricardo Drubscky foi demitido no início de março e Claudinei Oliveira foi contratado duas semanas depois. Juntos, os dois treinadores utilizaram 32 atletas, 16 deles formados nas categorias de base rubro-negras.
Drubscky comandou o Vitória em dez partidas, com cinco triunfos, quatro empates e uma derrota, aproveitamento de 63,33%, com 12 gols marcados e cinco sofridos. No último sábado, Claudinei Oliveira completou oito jogos à frente do Rubro-Negro. Foram três triunfos, três empates e duas derrotas, rendimento de 50%, com 10 gols marcados e 10 sofridos.
Como mandante, o time baiano entrou em campo 11 vezes, conquistou cinco triunfos, quatro empates e foi derrotado duas vezes, aproveitamento de 57,57%. Já como visitante, o desempenho do Vitória é melhor. Em dez partidas, foram seis triunfos, três empates e somente uma derrota, aproveitamento de 70%.
Exemplo de fair play
Em geral, zagueiros e volantes são os jogadores quem mais recebem cartões amarelos. No Vitória, entretanto, Ednei foge à regra do cotidiano. O defensor rubro-negro é um exemplo de fair play e passou ileso os 20 jogos que fez em 2015.
Os cartões, aliás, são bem distribuídos no elenco do Vitória. Foram 42 amarelos e três vermelhos nos 21 jogos de 2015. Vinte jogadores foram advertidos pelos árbitros. O campeão de indisciplina é o cão de guarda Amaral, com cinco cartões no ano. Neto Baiano, Nino, Rhayner e Vander foram punidos com o cartão amarelo quatro vezes na temporada. Jorge Wagner, Kadu e Mansur foram os únicos que precisaram deixar o jogo antes do apito final para assistir à partida do vestiário por conta de um cartão vermelho.
Os gols também são bem distribuídos no Rubro-Negro. Neto Baiano balançou as redes em seis oportunidades e ocupa o topo do ranking de artilheiros do Vitória em 2015. O atacante, contudo, foi afastado do elenco e acabou emprestado para o Criciúma. A segunda colocação da lista de artilheiros da Toca do Leão é ocupada por Rogério. Em 14 partidas, ele marcou cinco gols, média de 0,35 gol por jogo, ou um gol a cada 165 minutos em campo.
Autor: ,postado em 11/05/2015
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