De pertinho: diretor do Vitória planeja construção de camarotes no Barradão
Dar ao torcedor a chance de acompanhar o jogo de uma posição privilegiada, quase na beira do gramado, virou projeto no Vitória. O diretor de marketing do clube, Ricardo David, revelou a ideia de dar ao Barradão um ar mais moderno. Inspirado na Vila Belmiro, ele planeja construir camarotes entre as arquibancadas e o campo, onde atualmente existe uma faixa de areia. A estrutura tem orçamento previsto entre R$ 1,5 e R$ 2 milhões, e atenderia aproximadamente 1,2 mil torcedores. Hoje, o estádio rubro-negro possui apenas um camarote, que atende 60 pessoas por partida e será reformado para receber 300 torcedores.
Para tirar o projeto do papel, o Vitória precisa arrecadar o dinheiro necessário. A aceitação da torcida é outro ponto importante. Os camarotes seriam uma área mais luxuosa e contariam com vidros resistentes a impactos para possibilitar segurança e também visão total do jogo. Além disso, a estrutura seria um acréscimo na capacidade do Barradão.
Os dirigentes chegaram a cogitar a aquisição de grama artificial para implantar na faixa de areia ao redor do gramado. O preço do material, aproximadamente R$ 400 mil, afastou a ideia de apenas melhorar a estética do estádio. Conforme Ricardo David, os camarotes resolveriam o problema e seriam funcionais, com a chance de aumentar a arrecadação do Rubro-Negro.
- Começou com o fato de buscarmos uma solução para cobrir a área com areia, que é resquício da mudança do gramado feita para a Copa. Passou a Copa, e fomos atrás da solução, que seria a implantação da grama sintética. A grama natural não é o recomendado, poderia ter contaminação. Grama sintética seria a solução, mas custava quase R$ 400 mil para fins estéticos. A gente parou e pensou que poderia ter outra coisa. A gente está se espelhando na Vila Belmiro. É uma queixa antiga, quem conhece o Barradão sabe bem, que temos poucos espaços cobertos. Isso faz com que quem gosta de pagar por conforto não tenha espaço. Temos um camarote para 60 pessoas, mas é muito pouco. Estamos nesse momento fazendo uma reflexão como um todo e um estudo de viabilidade. Vamos traçar uma solução razoável, que tenha praticidade a nível de estádio de futebol.Tomamos a decisão de não deixar a área com areia. Se vamos ter que investir para resolver o problema, podemos investir para criar um novo espaço e ampliarmos a arrecadação, com a chance de colocar os camarotes no mercado, para empresas que queiram ter o espaço em definitivo. Estamos estudando a viabilidade do ponto de vista construtivo – disse o diretor.
Caso consiga o valor necessário e o projeto comece a ganhar corpo, o Vitória precisará jogar fora do Barradão. A Arena Fonte Nova é uma alternativa, assim como Pituaçu, estádio que o clube utilizou no ano passado, quando o Barradão passou por obras para servir de centro de treinamento para a Copa do Mundo. Segundo Ricardo David, as obras durariam cerca de seis meses.
- Com os recursos necessários, seria uma obra para seis meses. Em seis meses estaria completamente pronta. (...) Se tomar a decisão e efetivamente tocar a obra, seria impossível manter o estádio em funcionamento. Transporte de materiais, obra, não daria para conviver. Pituaçu ou Arena seriam as opções – declarou.
sonho da cobertura
- Não chegamos [a ligar para o Santos para pedir informações sobre os camarotes da Vila Belmiro]. Temos apenas informações de usuários. Algumas pessoas estiveram lá. Inclusive da imprensa. O que queríamos, na verdade, é cobrir o Barradão todo. Mas não temos condições de fazer isso. Custo muito alto. Melhor pensar no que a gente pode fazer do que o que a gente ainda não pode. Melhor dar um passo para ganhar de mil espaços cobertos do que não ter nenhum - finalizou.
Autor: ,postado em 14/07/2015
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