Câncer de intestino: maior incidência acima dos 50 anos
Campanha Setembro Verde alerta para a importância da prevenção, o que inclui mudança de hábitos alimentares
A estimativa da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) é que o Brasil tenha 35 mil novos casos de câncer de intestino em 2015, um crescimento de 7% em relação ao ano passado. De acordo com o proctologista Rogério Medrado, o aumento da incidência ao longo dos anos está relacionado à mudança dos hábitos alimentares da população.
“As dietas hoje estão ricas em gordura e pobres em fibra”, alerta. Além disso, somam-se como fatores de risco a obesidade, o sedentarismo, o aumento do consumo de álcool e o fumo. Rogério Medrado é um dos médicos empenhados na divulgação da campanha Setembro Verde, promovida pela SBCP e pela Associação Brasileira de Prevenção do Câncer do Intestino (Abrapreci), que alerta a população sobre a necessidade de prevenção deste tipo de câncer, também chamado de colorretal. Durante este mês, o Elevador Lacerda estará iluminado com a cor verde em alusão à campanha.
Conforme explica o especialista, a doença tem atingido cada vez mais brasileiros na faixa dos 50 anos e, por isso, a colonoscopia é “exame obrigatório” para pacientes nessa faixa etária. “A colonoscopia é uma aliada no diagnóstico e prevenção. Todos que têm pólipos devem removê-los durante o procedimento, pois, muitas vezes, o tumor se desenvolve a partir deles. A evolução de lesão benigna (pólipo) para maligna (tumor) ocorre em cerca de 10 anos”, alerta o especialista.
Tratamento
Dr. Rogério integra a equipe do Hospital Cárdio Pulmonar, que possui um serviço de endoscopia de referência. Na unidade, os pacientes contam com todas as ferramentas de diagnóstico em um centro de abordagem com clínicos, gastroenterologistas e proctologistas. “Os pacientes com indicação cirúrgica contam com uma equipe multidisciplinar para fazer todo o acompanhamento antes e depois da intervenção”, destaca o médico.
Os principais sintomas da doença são sangramento nas fezes e alteração no calibre (fezes em fita), cólicas, oscilação entre diarreia e prisão de ventre, distensão abdominal e perda de peso. “Muitos sintomas só aparecem quando o tumor já está em estágio avançado. Por isso, a prevenção é muito importante, principalmente para pessoas que têm histórico na família”, afirma dr. Rogério Medrado.
De acordo com o proctologista, em alguns tumores o fator genético tem grande influência, como é o caso da mama, próstata e intestino grosso em que a incidência em membros da mesma família chega a 15%. “Indivíduos que tenham parentes diagnosticados com câncer de intestino devem realizar o exame de colonoscopia cinco anos antes de completar a idade em que a doença se manifestou no familiar”, orienta.
Com o diagnóstico precoce, o paciente tem a possibilidade de cura de 90%. Quando está em estágio avançado, a possibilidade de sobrevida em cinco anos é quase nula. O tratamento é por meio de remoção do tumor e, em caso de necessidade, associado à quimioterapia ou radioterapia prévia ou pós-cirúrgica.
Glaucia Farias – DRT 3021
Assessoria de Comunicação
Autor: ,postado em 16/09/2015
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