Glória aos 19 anos: o perseguidor de cabras que sonha disputar a Olimpíada
Eu diria que ainda não pensei em correr com os olímpicos, mas espero obter melhores resultados no futuro, correr com os olímpicos, correr um trofeu brasil com o olímpicos também. Só tenho dois anos e meio no atletismo, ontem mesmo conversei com o meu treuinador: "Pedrinho, só treino há dois anos e meio, não cheguei ainda no topo do treinamento pesado, estou ainda nos ajustes, você acha que tenho condições de melhorar a minha marca:" Ele disse, sem duvidas - contou.
A ascensão de Petrúcio no atletismo foi meteórica. Em 2012, o paraibano sequer havia atentado para a realização dos Jogos Paralímpicos de Londres. O jovem corredor perdeu parte do braço esquerdo aos dois anos de idade, quando se acidentou com uma máquina de cortar grama na sua cidade. Os primeiros passos no esporte foram no futsal. Apesar de talentoso, Petrúcio tinha na velocidade a sua maior característica, o que o levou a praticar atletismo a partir de 2014. Naquele ano, ele já foi campeão nos 100m e 200m.
Petrúcio era acompanhado como uma grande promessa, mas antecipou as previsões sobre seu potencial ao superar os tempos do compatriota campeão paralímpico Yohanson do Nascimento, que ficou com o bronze na final deste domingo. Ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no ano passado, ele só teve a trajetória de conquistas interrompidas quando ficou de fora do Mundial de Doha, pouco depois do Parapan, ao sofrer uma lesão muscular na coxa direita dias antes da competição.
- Quando a corrida termina eu penso em tudo que aconteceu na minha vida: de onde eu vim e onde eu estou hoje. Eu trabalhei tão duro para ganhar esta medalha, a medalha do Brasil. Eu gostaria de dedicá-la a todo o país, ao meu estado, a Paraíba, e principalmente aos meus pais - destacou.
Autor: ,postado em 12/09/2016
Comentários
Não há comentários para essa notícia